02 novembro 2015

Se me contasse pelos dedos perdia-me, a mim e a quem me julga eu. Passo a passo precorro ruas que me parecem tuas e desgastam-me quando me falam ao ouvido e me dizem que não andas por aqui. Ainda que não me enchesse de merdas quantitativas... O quanto sou por quando estou. E estar é relativo quando me repetem que não devia. Deves por mim, deves-me quase tudo. Sem que quase tudo seja demais.

1 comentário:

Inês Sucena disse...

Há sempre quem nos deva e quem nos devolva. E quem nos deve nunca nos chega a devolver nada, por isso dá mais importância a quem te devolve em qualquer circunstância, porque por vezes até te devolvem sem terem nada a dever... E uma coisa é certa, de alguma forma, acabam por "compensar" o vazio que estava alojado de um modo ainda melhor do que aquilo que queríamos do devedor... Fica com quem te devolve a ti mesma num final de um dia cinzento, porque quem te devolve nunca te deixa...