23 outubro 2012

Querida Sam,


Saudades tinha eu de começar um texto assim
Andei a tua procura... Mil e uma caras passam por mim todos os dias e eu pergunto-me porquê não és uma delas. Preciso de alguém como tu do meu lado. Com a tua personalidade. Com o teu carisma. Tu. Quero uma amiga nova. Tu. Vem, salta desse lado do ecrã e vem para aqui. Deixamos o fumo de lado e vamos fazer partidas nos bosques. E depois, como sempre planeámos, tropeçamos para o chão e abraçamo-nos, sem amanhã, sem depois. Momentos nossos. Lembras-te tão bem quanto eu de todos os planos? De todas as promessas esperando a sua vez, para finalmente poderem ser cumpridas... Gosto de te chamar Sam, parece que te trás de volta. Como se nunca tivesses ido. Tentei escrever-te da maneira mais doce mas lágrimas saiam-me pelos olhos, saem-me... Lambia-as, descobri o saber da saudade. Por onde andas? Ultimamente não tens vindo colorir os meus sonhos, não tens vindo alegrar as minhas manhãs e as minhas noites mas confesso, um sorriso maroto desperta quando contemplo o meu reflexo no lago, somos parecidas sabes? Isso dá-me prazer. Se queres que te diga, tenho um gosto especial em contemplar a tua escrita, as frases que usas para descrever o que vai cá dentro, o nosso sentimento. Sabes faze-lo, sabes mesmo, tens jeito. Eu não. Recordas-te da razão pela qual eu desenvolvi a minha escrita? Foste tu, foi contigo que dei os meus primeiros passos neste mundo, as primeiras palavras. Foste tu que me ensinaste a ser assim. E agora? Agora foste. Não para sempre, claro que não. Não desapareceste, continuas aqui, do lado esquerdo. Costumam chamar-lhe coração. Sei que se te chamar, serás das primeiras a cá estar mas e aquele todos os dias que outrora prometemos uma a outra? Não foi cumprido, não está a ser. Sempre que precisares, continuarei aqui, sei que estarás no mesmo sitio para me retribuir. Amo-te Sam.