25 agosto 2014

Metatesiofobia


Não me exponho porque não consigo. As palavras parecem vagas quando o assunto és tu e estão cansadas de serem usadas para te descrever. Concentro-me em algo novo e dou por mim desconcentrada, não és tu. Perder tempo com outra coisa quando só tu é que me atrais. Desejo-me o melhor e torço para que a minha cabeça não ande à tua volta mas no final do dia, ando eu. E rasgo-me de feridas mal curadas para poder ultrapassar obstáculos ridículos. Seco-te ao ar livre. Põe-me à prova. Talvez até precise de ajuda. Vejo-os sorridentes como se não se importassem de partilhar. Importo-me e nem sei porquê. A escrita acompanha-me como se falasses baixinho e com outros olhos me leio sabendo que pelo que passo já passei e ultrapassei, e se calhar é por causa disso que te escrevo, para poder voltar a ti. 

1 comentário:

Bernardo disse...

r: conheces? como assim?