22 janeiro 2015

Como quem não tem nada a perder


Não dá. Não andas pra frente e eu vejo-me encurralada entre paredes que não são minhas. Não são minhas. Mentalizo-me... Nunca foram. Atribuem-me características que não me pertencem porque a excepção és tu. E estou exausta de lutar por uma guerra que nunca se vai dar por vencida. Nem por derrotada. Não saio da cama. Onde é que tas? E na minha cabeça ecoam-se merdas que me destroem e não me mostram caminho nenhum. Ao teu lado não caminho. Assemelho-me a uma esfera, e por aqui vagueio. Exausta. De pés descalços e de estômago vazio. Que me prendam a algo que não tu! Peço, imploro, não consigo, não quero. Haja alegria, haja... Garrafas vazias. Vão indo e maços também. E tu? Não vens?

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