Devia existir um limite para o quão nos deixamos ficar. Quão nos deixamos ser, pertencer. Sem receber de volta. Eu não preciso de ti. Existe uma diferença muito grande entre precisar e querer. E a diferença é que eu te quero a toda a hora. Sinto que o tempo nos dá a volta e nos deixa famintos por mais. Me deixa faminta. A ti não sei. Vira o disco e nem sei quem és. Nem sei se o nosso livro é o mesmo.
Na verdade, se analisarmos bem as coisas. Se virmos de fora, de bem longe - dá pra rir. Acabo por depositar todo o meu amor, confiança, esforço, lealdade, respeito e amizade num estranho que conheci há quatro anos.
Até que ponto é que o amor é cego? Só é cego quem não quer ver. E eu bem sei que tenho este síndrome, de esperar por coisas que nunca ninguém me deu. De querer pelo menos o que eu dou. E eu nem estou a pedir demasiado. Mínimos.
Eu esqueço-me que posso escolher o rumo da minha vida. Esqueço-me que posso escolher quem sou. Com quem estou. E de momento encontro-me sozinha, sinto-me sozinha. Estará então na hora de assumir este relacionamento comigo própria.
O fim de uma era.
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