15 agosto 2014

Agliofobia


Escasseiam-me os cigarros e a minha escrita merdosa amontua-se no chão do quarto. Dissolve-se a cura que me deixava radiante, no sangue. E a ti não te chamo, droga. Encontro-te em noites que não são nossas. Noites que costumavam ser, e nós sem querer, éramos nós com elas. Reclamo-te e espero, mas tu nem isso. Sinto falta de fôlego, de te respirar. Ainda sei. Sei exatamente o que é sentir-te. Viciante. Lembro-me de te olhar nos olhos e não querer mais. Mais nada. Eu que gostava de te falar em palavras só nossas, de encontrar um meio termo para tudo - o qual não temos nome e não chamamos, de nada. Mais nada. Procrastinas-te enquanto me vais procrastinando. E eu estou farta de ser adiada. Mas mesmo assim voltava, voltava na boa. Deitava-te como estás e ia contigo, na boa.

4 comentários:

Blue disse...

Já percebeste tudo ou precisas que explique mais qualquer coisa?

Blue disse...

Que amigos? Não percebi a tua pergunta.

Sky disse...

Esquecer é um processo doloroso e muito demorado xD, mas espero que o proximo domingo responda a qualquer duvida que te reste :p (proximo texto)

Anónimo disse...

Como te adoro