29 julho 2015


Destranco-me das sete chaves quando me repito. E torna-se repetitivo porque o comum aborrece-me. Por vezes dou por mim e não cheguei a trancar-me. Culpo o tempo mas Ele ajuda-me. Fujo por entre ruas que não parecem as minhas mas sinto que as sei de cor. E não paro. O tempo foge-me por entre os dedos mas eu não desisto e continuo a fugir com ele. E não paro. Os ruídos do quotidiano tornam-se a minha música de fundo. E não paro. Atrevem-se a tocar-me e a tentar abrandar-me mas vejo ao fundo do túnel, a vida, e grita como quem sussurra... sou dois dias". E não paro. Desapareço.

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