16 agosto 2023

Haverá outro lado da moeda?

Vejo-me constantemente presa. Presa de mim mesma. Presa que tortura, presa que não liberta, massacra. Será que é possível não querer nada? Nao querer o bem nem querer o mal. Ansiar uma certeza constante sem decisão. Escorregou e caiu. Será que nunca saberei ser? O que é isso a que chamam de felicidade? Come-se? Há em comprimido? Bebo com água ou com vinho? Pareço resumir-me a tristezas. Resumo-me a triste. A ver o copo meio vazio. A ver o copo cair. A ver o copo sem nada. A ver o copo perder equilíbrio e partir no chão em mil pedaços. Pedacinhos. Quase que te vejo agora. No chão. Sem nada. Em pedacinhos.

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