21 outubro 2014


Por vezes apetece-me falar. A vontade de ser ouvida é nula. Só falar. Sem serem precisas opiniões, comentários, penas. Penas. Porque penas têm as galinhas e eu não quero caridades nem piedades. Piedosas intenções. Obrigarem-me a ouvir-me é massacrarem-me. Opiniões. Comentários. Dão cabo de mim. Ou. Mas não. Preciso de falar e falar e falar. Sem ser ouvida. Não preciso que saibam o que se passa. Antes se passasse. Antes falasse.