30 janeiro 2015

Sossego


Nunca me senti tão eu. Tão de mim mesma. E rezo para que perdure. Sem estar ligada, agarrada, desgastada, presa, prestes a premir o gatilho. Brinco com a realidade sem nunca duvidar dela. Arrisco, aventuro-me. Os dias passam e sempre que me olho dou por mim em ruas que outrora implorava por estar. Sinto-me metafísicamente estável. Desta vez não procuro caminhos, apenas, caminho. E gosto. Era-me difícil arrancar feridas sem arrancar crostas. Aprendi, arranquei de dentes e unhas vincadas o não consigo do vocabulário, do desassossego. E gosto. Acostumada a uma rotina moderada, monótona. Chega, chegou. Diversifico-me. Faço de mim aquilo que sempre quis. Independente, de quem me rodeia. Sozinha mas mais que bem acompanhada. E gosto. Enlouqueço com a ideia de cada vez estar mais perto de me conhecer. Calço-me. Agora sim, tenho a certeza que não vou por aí. (Repito-me). E para onde for... Gosto.

3 comentários:

Inês Sucena disse...

E eu gosto do sorriso que me rasgaste...

Inês Sucena disse...

p.s.: queria apenas dizer que este meu blog, já não é o mesmo que o antigo, portanto para poderem receber as minhas actualizações no vosso mural têm que seguir de novo, se quiserem óbvio. Beijinhos!

Lúcia Sousa disse...

que saudades que tinha de te ler!